De volta às discussões sobre os ídolos que morrem e se tornam mitos, o Da Morte ao Mito privilegia o pedido de uma leitora e homenageia o ícone Janis Joplin. Conhecida não apenas pela sua voz marcante, Joplin foi um marco na história da música, porque conseguiu provar o talento feminino para o rock, dividindo o palco com grandes nomes.
Lembrada por sua voz forte e marcante, bastante distante das influências folk mais comuns em sua época, Janis também era reconhecida pelos temas de dor e perda que escolhia para suas músicas. Em pouco tempo ela conquistou o público com a sua forma energética e intensa de interpretar temas dos blues. Joplin foi muito mais do que a única mulher branca a alcançar reconhecimento interpretando blues (reduto de músicos negros, principalmente quando consideradas artistas do sexo feminino), foi também cantora de rock, dona de uma voz incomparável, e capaz de imprimir às músicas que cantava uma marca inconfundível de interpretação e sensualidade.
Já na adolescência ela cantava blues e folk inpirada por Bessie Smith, entre outras cantoras. Em 1966 se mudou para a Califórnia e juntou-se à banda Big Brother and The Holding Company. Em poucos meses Joplin tirou a banda da obscuridade, logo assumindo sua liderança (a princípio havia sido chamada apenas para fazer backing vocals). Com esta banda Janis Joplin gravou o álbum Big Brother And The Holding Company em 1967 e Cheap Trills em 1968.
Em seguida, Joplin abandonou a banda Big Brother para formar a sua própria, The Kozmic Blues Band. Seu primeiro álbum como artista solo, I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama. O resultado porém não foi tão bom quanto o esperado, pois embora a sua nova banda tivesse melhores músicos e melhores condições, não tinha a espontaneidade e sintonia que caracterizaram seus trabalhos anteriores.
Em busca da sonoridade mais simples e eficiente Joplin reformou sua banda com o novo nome de Full Tilt Boogie Band. Porém, em meio às gravações do álbum Pearl, Janis foi encontrada morta, vítima de overdose de heroína e álcool, ainda com as marcas de agulhas nos braços.
Joplin é a única mulher que compõe o Clube dos 27, por perder a vida aos 27 anos. Ela morreu de overdose de heroína em 4 de outubro de 1970. O álbum Pearl foi lançado 6 meses após sua morte.
O ícone tornou-se mito em todo o mundo, e mesmo com o curto tempo de vida, Janis mostrou ao mundo que por traz de uma doce alma feminina, pode haver uma grande intérprete do rock. Com certeza o papel da cantora foi muito mais do que nos trazer a sua bela voz, pois ela quebrou paradigmas e preconceitos que até então vigoravam no mundo da música.
Por isso, o Da Morte ao Mito já deixa a homenagem para o dia das mulheres para essa célebre e inesquecível personalidade.
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Eterna Janis joplin...
ResponderExcluirA Rainha Janis Joplin
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