domingo, 27 de fevereiro de 2011

Janis Joplin: destaque entre os sucessos femininos do rock

De volta às discussões sobre os ídolos que morrem e se tornam mitos, o Da Morte ao Mito privilegia o pedido de uma leitora e homenageia o ícone Janis Joplin. Conhecida não apenas pela sua voz marcante, Joplin foi um marco na história da música, porque conseguiu provar o talento feminino para o rock, dividindo o palco com grandes nomes.

Lembrada por sua voz forte e marcante, bastante distante das influências folk mais comuns em sua época, Janis também era reconhecida pelos temas de dor e perda que escolhia para suas músicas. Em pouco tempo ela conquistou o público com a sua forma energética e intensa de interpretar temas dos blues. Joplin foi muito mais do que a única mulher branca a alcançar reconhecimento interpretando blues (reduto de músicos negros, principalmente quando consideradas artistas do sexo feminino), foi também cantora de rock, dona de uma voz incomparável, e capaz de imprimir às músicas que cantava uma marca inconfundível de interpretação e sensualidade.

Já na adolescência ela cantava blues e folk inpirada por Bessie Smith, entre outras cantoras. Em 1966 se mudou para a Califórnia e juntou-se à banda Big Brother and The Holding Company. Em poucos meses Joplin tirou a banda da obscuridade, logo assumindo sua liderança (a princípio havia sido chamada apenas para fazer backing vocals). Com esta banda Janis Joplin gravou o álbum Big Brother And The Holding Company em 1967 e Cheap Trills em 1968.

Em seguida, Joplin abandonou a banda Big Brother para formar a sua própria, The Kozmic Blues Band. Seu primeiro álbum como artista solo, I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama. O resultado porém não foi tão bom quanto o esperado, pois embora a sua nova banda tivesse melhores músicos e melhores condições, não tinha a espontaneidade e sintonia que caracterizaram seus trabalhos anteriores.

Em busca da sonoridade mais simples e eficiente Joplin reformou sua banda com o novo nome de Full Tilt Boogie Band. Porém, em meio às gravações do álbum Pearl, Janis foi encontrada morta, vítima de overdose de heroína e álcool, ainda com as marcas de agulhas nos braços.

Joplin é a única mulher que compõe o Clube dos 27, por perder a vida aos 27 anos. Ela morreu de overdose de heroína em 4 de outubro de 1970. O álbum Pearl foi lançado 6 meses após sua morte.

O ícone tornou-se mito em todo o mundo, e mesmo com o curto tempo de vida, Janis mostrou ao mundo que por traz de uma doce alma feminina, pode haver uma grande intérprete do rock. Com certeza o papel da cantora foi muito mais do que nos trazer a sua bela voz, pois ela quebrou paradigmas e preconceitos que até então vigoravam no mundo da música.

Por isso, o Da Morte ao Mito já deixa a homenagem para o dia das mulheres para essa célebre e inesquecível personalidade.

Veja outros artistas do rock que morreram aos 27 anos.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Da Morte ao Mito recomenda: This is Spinal Tap

Para fechar a série de reportagens especiais sobre estilos de rock, o Da Morte ao Mito recomenda um filme bem interessantes para os fãs de Hard Rock. This Is Spinal Tap é um documentário lançado em 1984 sobre uma banda fictícia chamada Spinal Tap. O filme satiriza o comportamento e as ambições musicais das bandas de hard rock e heavy metal da época.

Os três principais membros do Spinal Tap — David St. Hubbins, Derek Smalls e Nigel Tufnel — são representados pelos atores Michael McKean, Harry Shearer e Christopher Guest, respectivamente. Os três atores de fato tocam os instrumentos e cantam durante o filme. Rob Reiner aparece como Marty DiBergi, que produz o documentário.

Por conter várias piadas relativas ao mundo da música e seus bastidores é necessário um certo conhecimento deste ambiente para entender o humor do filme. Para quem quer dar boas risadas e conhecer mais sobre o Hard Rock, essa é uma boa indicação.

Leia também: “Meu rock, meu estilo – Hard Rock”

Perdeu a série “Meu rock, meu estilo”? Veja os estilos que fizeram parte da série especial do mês de fevereiro.
Punk
Grunge
Heavy Metal

Na semana que vem voltamos a falar de ídolos e mitos.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Meu rock, meu estilo: Hard Rock

O tema desta semana é passível de agradar a gregos e troianos. Muitas pessoas escolhem algum estilo do rock para seguir, mas com certeza tem (ou tiveram) algum “pezinho” no Hard Rock. Nascido nos anos 1960, esse subgênero do rock caracteriza-se por ser consideravelmente mais pesado do que a música rock convencional, e marcada pelo uso de distorção, uma seção rítmica proeminente, arranjos simples e um som potente, com riffs de guitarra pesada e solos complexos.
A formação típica de uma banda de Hard Rock era constituída por bateria, baixo, guitarra, e algumas vezes, um piano ou teclado, além de um vocalista que muitas vezes se utilizava de vocais agudos e roucos. O Hard Rock foi muito influenciado pelo blues. Ao contrário do rock and roll tradicional, que tinha elementos do blues "antigo", o hard rock incorpora elementos do "blues britânico", um estilo de blues tocado com instrumentos mais modernos.

O hard rock ganhou o mundo com bandas britânicas do fim da década de 1960, como o Led Zeppelin, que misturava a música das primeiras bandas de rock do país com uma forma mais intensa de blues rock e acid rock. O Deep Purple ajudou a inovar no gênero. Led Zeppelin (1969), o primeiro álbum da banda homônima, e Live at Leeds (1970), do The Who, são exemplos da música deste início do hard rock. As origens do blues estão claras nestes álbuns, e algumas canções de artistas conhecidos do blues foram adaptadas ou mesmo interpretadas neles.

Durante a década de 1970 o hard rock se ramificou numa série de subgêneros; em 1972 o pioneiro do rock macabro, Alice Cooper, colocou o hard rock nas paradas de sucesso, com seu álbum School's Out, que ficou entre os dez mais vendidos daquele ano. No ano seguinte, Aerosmith, Queen e Montrose lançaram seus álbuns de estreia, demonstrando as diversas direções para qual o hard rock estava se deslocando. Em 1974 o Bad Company lançou seu álbum de estreia, e o Queen lançou seu terceiro disco, Sheer Heart Attack, com a faixa "Stone Cold Crazy" - que influenciou diversos artistas do thrash metal posterior, como Metallica e Megadeth.

O Queen utilizou-se de vocais e guitarras superpostas, misturando o hard rock com o glam rock, rock progressivo e até mesmo com a ópera. O Kiss lançou seus primeiros três álbuns, Kiss, Hotter Than Hell e Dressed to Kill, em pouco mais de um ano, conseguindo um tremendo sucesso comercial com seu álbum duplo ao vivo, Alive!, em 1975,o Grupo Australiano AC/DC lança seu primeiro albúm internacional o High Voltage. O trio canadense Rush lançou três álbuns distintivamente hard rock em 1974 e 75, Rush, Fly by Night, e Caress of Steel, antes de mudar definitivamente rumo a um som mais progressivo.

Já na décadas de 1990, o Hard Rock foi dominado a princípio pelo Guns N' Roses, Metallica e Van Halen. Os lançamentos de "Metallica" (Black Album"), Use Your Illusion I e Use Your Illusion II (Guns N' Roses) e For Unlawful Carnal Knowledge (Van Halen), em 1991, todos vencedores de discos de platina, mostraram esta popularidade. Estas bandas entraram em declínio, no entanto, à medida que sua música e suas atitudes tornaram-se mais e mais decadentes, e se perderam em seus próprios excessos. No mesmo ano uma nova forma de hard rock evoluiu para um estilo novo, que chegou ao mainstream.

Qual a representação do hard rock hoje?
Algumas das bandas de hard rock das décadas de 70 e 80 conseguiram administrar carreiras altamente bem-sucedidas por todas as décadas seguintes, muitas vezes tendo de se reinventar constantemente, e explorar estilos musicais diferentes; entre elas estão Aerosmith, Deep Purple e Bon Jovi.
O Aerosmith lançou dois álbuns que chegaram na 1ª posição, um que chegou à 2ª e um qu chegou na 5ª, além de oito singles no Top 40 (incluindo um no primeiro lugar) desde o lançamento de 1989, Pump. O Deep Purple, reforçado pela adição de um virtuoso da guitarra, Steve Morse, no meio da década de 90, continuou a lançar álbuns de estúdio ocasionais, e saiu em turnês bem-sucedidas. O Bon Jovi lançou cinco álbuns que conseguiram pelo menos o disco de platina, teve um álbum que chegou nas primeiras posições em 2007, e emplacou oito singles no Top 40 desde New Jersey, de 1988.

Hoje, o estilo que dá nome a um dos bares mais famosos do mundo (Hard Rock Café), continua a fazer sucesso através de suas bandas percussoras e ainda conquista adeptos de várias gerações.

Na quarta-feira, o Da Morte ao Mito vai trazer uma indicação bacana sobre esse estilo. Não perca!

Veja também: Meu rock, meu estilo - Heavy Metal

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Da Morte ao Mito recomenda: Metal - A Headbanger's Journey

Quarta-feira é dia de indicar uma bibliogrfia sobre o estilo da semana no Da Morte ao Mito. E dessa vez, a indicação é um documentário feroz, que tem tudo a ver com heavy metal. Muitos já devem ter assistido a Metal: Uma Jornada pelo Mundo do Heavy Metal (Metal - A Headbanger's Journey), lançado no Brasil em 2007.

O documentário foi produzido em 2005 pelo antropólogo Sam Dunn, que analisa esse que é considerado por muitos como um dos estilos mais underground do rock. Dunn explica as origens e características do estilo e conversa com personalidades como Bruce Dickinson (Iron Maiden), Lemmy Kilminster (Motörhead), Dee Snider (Twisted Sister), Alice Cooper, e membros do Rage Against the Machine, Korn, Black Sabbath, Slipknot e outros.

De acordo com Dunn, o objetivo do filme é explicar por que o heavy metal, um gênero de rock conhecido por seus refrões pesados de guitarra e suas letras polêmicas, é desancado pelos críticos, enquanto seus milhões de fãs em todo o mundo são estereotipados como sendo violentos ou satânicos.

Dunn, um ruivo cabeludo e magro, é o narrador do filme e também seu personagem principal - algo que, num primeiro momento, ele viu com desconfiança, mas depois constatou que se enquadra na prática antropológica comum de observar as culturas por meio da participação.

  O filme também explora a obsessão do heavy metal com a violência e a religião. Ele procura derrubar estereótipos que, segundo os diretores, já levaram à proibição de álbuns de heavy metal e a ações judiciais que acusam bandas como Slayer e Judas Priest de levar seus fãs a cometer suicídio ou assassinatos.

A maioria dos músicos e fãs entrevistados no filme nega que o gênero advogue o satanismo ou a violência, dizendo que esses temas fazem parte de uma encenação.Mas em uma das partes mais dramáticas do filme, Dunn viaja à Noruega para estudar a ligação entre um subgênero do heavy metal conhecido como black metal norueguês e uma série de incêndios criminosos de igrejas cometidos no início dos anos 1990.

Enfim, o espectador vai ver além dessa polêmica, várias outras que fazem do mundo dos metaleiros um dos estilos mais estereotipados do rock. O grande diferencial é ver como os próprios músicos se posicionam em relação à isso, numa pesquisa participativa que tem de tudo para agradar os fãs da música pesada e os curiosos que pretendem desmistificar o mundo do metal.

Leia também: "Meu Rock, meu estilo: Heavy Metal", o gênero da semana no Da Morte ao Mito.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Meu rock, meu estilo – Heavy metal

Yeah! Chegou o grande o dia para os leitores fãs do estilo pesado, que há anos faz a cabeça de muita gente. O ritmo que marcou o fim dos anos de 1960 para o início de 1970 tomou conta do Brasil e de todo o mundo com uma surpreendente velocidade.

O metal, como é chamado pelos headbangers, foi originado através das guitarras do Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple que atraíam grandes audiências. Em meados da década de 1970, o Judas Priest ajudou a impulsionar a evolução do gênero suprimindo muito da influência do blues presente na primeira geração do metal britânico. Oo Motörhead introduziu agressividade e fúria nos vocais, influência do punk rock, e uma crescente ênfase na velocidade. Bandas do "New Wave of British Heavy Metal" como Iron Maiden seguiram a mesma linha. Antes do final da década, o heavy metal tinha atraído uma sequência de fãs no mundo inteiro conhecido como "metalheads" ou "headbangers" e também como "metaleiros", embora dentro do universo ou subcultura do heavy metal o termo seja considerado bastante pejorativo e repudiado pela maioria dos apreciadores do gênero.

O heavy metal se caracteriza tradicionalmente por guitarras altas e distorcidas, ritmos enfáticos, um som de baixo-e-bateria denso e vocais vigorosos. Os subgêneros do metal tradicionalmente enfatizam, alteram ou omitem um ou mais destes atributos. Para alguns especialistas em música, o heavy metal é a principal subespécie do hard rock - o tipo com menos síncope, menos blues, com mais ênfase no espetáculo e mais força bruta." A típica formação de uma banda desse estilo inclui um baterista, um baixista, um guitarrista base, um guitarrista solo e um cantor, que pode ou não também tocar algum dos instrumentos. Teclados são por vezes usados para enriquecer o corpo do som. As primeiras bandas de heavy metal costumavam usar um órgão Hammond, enquanto sintetizadores se tornaram mais comuns posteriormente.

O ritmo nas canções de metal é enfático, com acentuações intencionais. A ampla gama de efeitos sonoros disponíveis para os bateristas do metal permite que os padrões rítmicos utilizados assumam grande complexidade e mantenham a sua insistência e potência elementares.

O heavy metal não é apenas um estilo musical. Através de bandas percussoras do som, a indumentária (tipicamente preta com acessórios prateados e pontiagudos) também virou padrão para os adeptos. Os cabelos grandes do rock também tem fortes influencias do metal. Isso sem contar os subgêneros, que deram origem à várias tribos urbanas e porque não, uma nova cultura entre os membros dos grupos unidos pelo metal.

E para você, qual banda é a cara do heavy metal?

Na próxima quarta-feira (16/02), o Da Morte ao Mito vai dar uma indicação de um documentário muito bacana sobre o heavy metal. Fiquem ligados!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Da Morte ao Mito convida: Gabriel Innocentini fala sobre Bob Dylan

O Da Morte ao Mito convida estreia em grande estilo, com o texto do recém bacharel em jornalismo,  Gabriel Innocentini. Ele fez uma pesquisa intitulada “Os efeitos de sentido nos textos de Bob Dylan: mito ou ídolo?”, que virou assunto de sua monografia para conclusão do curso.

E é sobre isso que ele vai falar no texto abaixo. Deliciem-se!
O ídolo e o mito
É só falar em Bob Dylan para as pessoas associarem à personalidade à sua imagem dos anos 60: primeiro, o cantor folk de camisas xadrez e violão em punho, considerado o porta-voz de sua geração, identificado com o movimento dos direitos civis. Depois, o roqueiro, capaz de influenciar decisivamente os Beatles, levando uma vida alucinada de drogas, turnês e confrontos com o público, que não admitia a guinada musical de seu guru. Bob Dylan havia trocado o violão pela guitarra elétrica em 1965, causando a ira dos fãs.

No entanto, em toda sua longa carreira – mais de 450 composições originais, mais de 60 milhões de discos vendidos – Dylan sempre negou ser um cantor de protesto. Em minha pesquisa, procurei investigar os motivos que levaram o músico a se posicionar desta maneira, refutando enfaticamente o papel de Voz de sua Geração.

Para isso, adotei a linha semiótica e da análise do discurso, o que permite analisar as letras e entrevistas de Bob Dylan, verificando se elas reforçam o mito de ídolo/herói de uma geração, tendo em vista o contexto sócio-histórico da época e do papel assumido pelo compositor em suas falas.

O estudo aprofundado de sua biografia, do contexto dos anos 1960, e a análise dos procedimentos discursivos adotados por Bob Dylan em suas letras e em suas entrevistas permitiram a observação de que há grande coerência no que ele diz e no que ele faz. A recusa em aceitar os papéis impostos pelos meios de comunicação e pelo público expressa uma aguda consciência de como lidar em liberdade com as expectativas depositadas em sua figura. Ao se descolar dos rótulos, não se deixando manipular – ou, antes, reagindo à tentativa de manipulação –, Bob Dylan mostra muita habilidade nesse jogo.

Apesar de sempre negar ser um cantor de protesto, suas canções são evidentemente de protesto. Basta analisar detidamente composições como Blowin’ the wind e Masters of war, para ficarmos em apenas duas. Os comentários sociais denunciam a miséria e a pobreza de setores da sociedade norte-americana, humanizando os personagens, enquanto outros textos pretendem conscientizar o ouvinte sobre a situação de mudança pela qual a sociedade está passando naquele momento.

Como, então, explicar este contraste? Ao agir dessa maneira, Bob Dylan se protegia tanto do público quanto da imprensa, manifestando certo grau de controle sobre sua imagem. No entanto, Dylan não pode ser caracterizado como herói, visto que não redime sua comunidade, preferindo seguir sua convicção estética e artística, dando um novo rumo a sua carreira ao partir para o estilo do rock. Seu mito, comparado em minha pesquisa a outros mitos da história do rock, principalmente aos Beatles, pode ser melhor entendido tendo em vista os conceitos de xamã e de ídolo, isto é, a representação material de algo imaterial.

A conclusão que cheguei com o estudo foi que ele conseguiu criar uma persona identificada com o movimento folk, com canções de protesto, que teve posição marcante num contexto de revolução de valores comportamentais, detonado pela parcela jovem da população. Contudo, a maneira encontrada para continuar seguindo seu desenvolvimento artístico foi não se limitar a ser um cantor de protesto, o que o obrigou à criação de uma nova máscara – a de roqueiro, com um ritmo de vida ditado pela aventura, pelas drogas e pelo álcool.

Você também tem um ídolo e gostaria de falar dele no Da Morte ao Mito? Envie um email para demaria.cinthia@gmail.com e participe!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Da Morte ao Mito recomenda: Singles (Vida de Solteiro)

Já que o assunto da semana é o Grunge, a indicação de filme da vez, é claro, é sobre esse estilo nascido na década de 1990.

Quem aprecia o movimento de Seattle que revelou várias bandas como Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains, Soundgarden e outras, com certeza já deve ter assistido ao filme "Singles" (ou Vida de Solteiro). Escrito e dirigido por Cameron Crowe, ele foi lançado em 1992, e contou com a participação de estrelas como Bridget Fonda, Campbell Scott, Kyra Sedgwick, e Matt Dillon.

O enredo é uma comédia romântica simples, mas é claro que o cenário e o contexto em que o filme acontece são os grandes atrativos. A história é focada no curso dos romances de dois casais, assim como as vidas amorosas de seus amigos. A temátiva reveladora são as vidas de um grupo de jovens, a maioria com seus 20 anos. Os eventos do filme foram situados tendo como cortina de fundo Seattle e o movimento grunge na cidade durante o começo dos anos 90.

A trilha sonora de Singles foi lançada em 30 de junho de 1992 pela Epic Records e alcançou o topo das paradas três meses antes do lançamento do filme. A trilha sonora incluia músicas das principais bandas da cena musical de Seattle na época, como Pearl Jam, Alice in Chains, e Soundgarden. O Pearl Jam lançou duas canções na trilha sonora, "Breath" e "State of Love and Trust", e a canção do Soundgarden, "Birth Ritual", bem como a do cantor da banda, Chris Cornell, "Seasons", também aparecem. Paul Westerberg do The Replacements contribuiu com duas músicas e compôs o tema do filme. O Smashing Pumpkins também contribuiu com a canção "Drown".

Nirvana, que ganharam grande sucesso um ano antes com o multiplatinado Nevermind, foi a única grande banda grunge da época a não aparecer na trilha sonora. Durante a produção, o Nirvana não eram ainda celebridades nacionais, mas quando a trilha sonora do filme foi lançada, a canção "Smells Like Teen Spirit" da banda teve que ser cortada porque custava muito para comprar os direitos.

Na época, o filme foi um grande sucesso. Hoje, ele serve de boa referência para os amantes da Geração X. Para quem é fâ do estilo, vale a pena conferir!

Leia também: Meu rock, meu estilo - Grunge!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Meu rock, meu estilo – Grunge!

Dando continuidade ao mês em que o Da Morte ao Mito irá descrever variados estilos de rock e heavy metal, o tema desta semana é o Grunge.  

Conhecido como o fenômeno musical dos anos de 1990, o movimento grunge, como foi denominado a mistura dos ritmos hardcore, heavy metal e rock alternativo, foi um marco para as bandas que nasciam nas cidades do noroeste dos Estados Unidos, como Seattle, Olympia, e Portland. Além do ritmo “barulhento”, o tema das músicas estava relacionado com letras cheias de angústia e sarcasmo, reforçando assuntos como a alienação social, apatia, confinamento e desejo pela liberdade. Para conquistar os fãs, os músicos grunges mostravam um desencantamento geral com o estado da sociedade, assim como um desconforto ao serem prejudicados socialmente. Para fazer parte do movimento grunge, os jovens tinham que se identificar com alguns atributos dos músicos percussores do estilo, como ironia, sarcasmo, auto-humor, crítica social, revolta, desespero, sentimento de inferioridade e referências ao uso de drogas.


As bandas grunge tinham feito incursões ao mainstream musical no final da década de 1980. O Soundgarden foi a primeira banda grunge a assinar com uma grande gravadora, quando integrou a lista da A&M Records em 1989. O Soundgarden, juntamente com outras grandes contratações de gravadoras (Alice in Chains e Screaming Trees) se apresentaram com seus lançamentos inicais com grandes gravadoras, de acordo com Jack Endino. O Nirvana, originalmente de Aberdeen, Washington, também foi cortejado por grandes gravadoras, assinando finalmente com a Geffen Records em 1990.

Em setembro de 1991, a banda lançou sua estreia na gravadora, Nevermind. O álbum estava na melhor esperança de ser um sucesso menor em par com o álbum Goo, do Sonic Youth, que a Geffen tinha lançado um ano antes. Foi o lançamento do primeiro single do álbum, "Smells Like Teen Spirit", que "marcou a abertura de um fenômeno da música grunge". Devido a constante transmissão do videoclipe da canção na MTV, o Nevermind vendia cerca de 400,000 mil cópias por semana até o Natal de 1991. Em janeiro de 1992, o Nevermind substituiu o álbum Dangerous do astro pop Michael Jackson no 1º lugar na Billboard 200.


O Nirvana (1986-1994) foi uma das bandas responsáveis pela divulgação comercial do grunge mundialmente. Liderada pelo depressivo e agressivo Kurt Cobain (1967-1994), a banda conseguiu emplacar a marca do movimento da Geração X - como também é denominado o nascimento do grunge, incentivando o nascimento de outros grupos do estilo. Com o lançamento do álbum Nervermind (1991), rapidamente jovens de todos os países já sabiam cantar de cor hits do Nirvana, como “Smells Like Teen Spirit”, “Come as you are”, “Polly”, dentre outros.

Uma série de fatores contribuíram para o declínio do grunge, embora muita gente ainda aposte na vitalidade do estilo nos dias de hoje. Durante a segunda metade da década de 1990, o grunge foi suplantado pelo pós-grunge, que permaneceu viável comercialmente no início do século XXI. As bandas de pós-grunge como Candlebox e Bush, surgiram logo após a descoberta do grunge. Esses artistas não tinham as raízes underground do grunge e foram fortemente influenciados pelo o que o grunge tinha se tornado, ou seja, "uma forma popular de introspectiva, rock sério de mentalidade difícil." O pós-grunge era um gênero comercialmente mais viável por suavizar as guitarras distorcidas do grunge com uma produção mais polida, preparada para o rádio.

Atualmente, algumas bandas grunge que continuam a gravar e fazer turnês com o sucesso mais limitado foi incluindo, mais significativamente, o Pearl Jam. Apesar do desaparecimento do Nirvana, a banda continuou a ser bem sucedida postumamente. Devido às altas vendas do Journals do Kurt Cobain e da compilação da banda, Nirvana, sobre seus lançamentos em 2002, o The New York Times argumentou que o Nirvana "está tendo mais sucesso agora do que em qualquer momento desde o suicídio do Sr. Cobain em 1994." O Mudhoney segue lançando álbuns com uma relativa frequência, mas com muito menos sucesso do que durante a era dourada do grunge.O Alice in Chains se reuniu novamente em 2005 e em 2009 terminaram a gravação de seu primeiro álbum de estúdio em quatorze anos com o novo vocalista, William DuVall. O álbum, intitulado Black Gives Way to Blue, foi lançado em setembro de 2009 pela Virgin/EMI. O Stone Temple Pilots e o Soundgarden se reuniram em 2008 e 2010, respectivamente.

Veja também: Meu Rock, meu estilo - Punk!

A série de reportagens Meu rock, meu estilo continua na semana que vem, com o estilo: heavy metal.

Não perca: na próxima quarta-feira, indicação de um filme que é a cara do grunge de Seattle. 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Da Morte ao Mito recomenda: Please Kill Me

Seguindo a série de reportagens Meu rock, meu estilo, o Da Morte ao Mito vai indicar (sempre às quartas feiras), alguma bibliografia referente ao estilo abordado na semana.

Como o assunto desta segunda foi o Punk, a indicação de hoje é de um excelente livro sobre o tema.

Please Kill Me (ou Mate-me, por favor no Brasil) é um livro escrito por Larry "Legs" McNeil e Gilliam McCain. Conta uma história sem censura do punk, desde os seus primórdios com bandas que influenciaram o movimento (como Velvet Underground e The Stooges), passando pela cena artística que englobava artistas underground como Patti Smith e MC5 até chegar aos Ramones e Sex Pistols.

O livro é uma narrativa que se aproxima de um romance, onde os narradores são os protagonistas e os protagonistas são nada menos que Iggy Pop, Patti Smith, Dee Dee e Joey Ramone, Richard Hell, Wayne Kramer, Debbie Harry, Nico, Lou Reed, Jonh Cale, Paul Morrissey, Danny Fields, Andy Warhol, Jonh Sinclair, Jim Carroll, Ângela Bowie, Malcolm McLaren, William Burroughs, Jerry Nolan, entre outros heróis da cena punk. Músicos, produtores, groupies, roadies, escritores, fotógrafos, executivos de gravadoras, pintores, funcionários das casas de shows, cartunistas e empresários todos revivendo o autentico Sexo, Drogas e Rock & Roll.

Curiosidades
- O nome do livro foi inspirado em uma camiseta usada por Richard Hell, ex-baixista do Television.
- A edição brasileira foi traduzida por Lúcia Brito, esposa do escritor Eduardo Bueno. Ela foi lançada originalmente em 2004 pela L&Pm e relançada em 2005, divida em dois livros de bolso.
- O livro foi citado pelo personagem Jess no 19º episódio da segunda temporada do seriado Gilmore Girls.

Leia mais sobre o Punk Rock

Não perca! Na semana que vem, indicação de bibliografia Grunge!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

“Quero ser um mito em 2011” - Banda BLEFFE

Começou! O Brasil vai conhecer agora, grandes (e boas) bandas espalhadas pelo nosso país. A banda que abre o "Quero ser um mito em 2011" é a banda carioca Bleffe.

A quadra de músicos da Bleffe vem trapacear a tristeza, ao embaralhar o Pop Rock com a MPB, colocando músicas autorais e releituras nacionais e internacionais à mesa, que falam de amor e relacionamentos.

Influenciado por grandes nomes como Lulu Santos, Legião Urbana, LS Jack, Creed, Oficina G3 e Barão Vermelho, o grupo faz uma verdadeira Sequência Real, tanto em seus shows quanto nas músicas que vêm sendo produzidas ao longo de sua história, que começou em 2002. E é por apostar todas as suas fichas na originalidade, que a Bleffe teve seu vídeo clipe Tarde Demais exibido no programa Garagem do Faustão; releitura de música dos Beatles elogiada no jornal O Dia Online; além de ter sido destaque no site Oi Novo Som.

Christian Garcia (voz - violão), Alex Borges (guitarra - vocais), Cristiano Cokada (bateria - vocais) e Dan Lucasta (baixo) são os jogadores que fazem da banda um sucesso, tendo trabalhado com artistas e diretores de renome, como Marcus Menna (ex-LS Jack). Por adorarem um desafio, estão continuamente aumentando as suas apostas, levando música de qualidade a todos que querem fazer da vida um verdadeiro AS.

Discografia
•    Álbum Viagens (2006)
•    Coletânea AllTracks Rockwear (2008), que distribuiu 50 mil mini CDs com a faixa Tá Tarde
•    Coletânea em homenagem aos 40 anos do Álbum Branco dos Beatles (2008), com releitura da faixa Revolution
•    Single “Tarde Demais” (2009)

Videografia
•    Clipe “Tá Tarde” Ao Vivo (2009)
•    Clipe “Tarde Demais” (2010)

Conheça os vídeos da banda no canal: http://www.youtube.com/user/Bleffe


Entre em contato com a banda BLEFFE
Telefone: 21 7883-0775 id 12*83550
E-mail: contato@bleffe.com.br

http://www.bleffe.com.br
  http://www.meadiciona.com/bleffe

Gostou da banda Bleffe? Em dezembro eles participam do concurso que vai eleger o mito de 2011.

Você tem uma banda e também quer participar do concurso "Quero ser um mito em 2011"? Então clique aqui.