sábado, 24 de setembro de 2011

Nevermind completa 20 anos e ganha site com clipe interativo de belorizontinos

Há vinte anos, no dia 24 de setembro de 1991, era lançado o álbum Nevermind da banda americana Nirvana. Ainda fruto do final da década de 1980, Nevermind seria mais um disco de rock independente numa época assolada por Michael Jackson, boy’s bands e cabeludos do heavy metal. Porém, o disco quebrou o mainstream, tirou Michael Jackson do topo das paradas e transformou o grunge melancólico e a cidade de Seattle no centro do mundo.

Desde o seu lançamento, Nevermind já vendeu mais de 30 milhões de cópias. Recentemente, o jornal inglês The Guardian citou o disco como um dos eventos mais importantes da história do rock.

Para comemorar a data, a agência de comunicação digital de Belo Horizonte 3Bits lançou um site em realidade aumentada onde os fãs do álbum podem desfrutar de um clipe interativo inédito, preparado especialmente para a data. A novidade não para por aí. No clipe existe uma premiação para a banda que melhor utiliza os meios digitais. “Ficamos imaginando algo que mesclasse tecnologia e boas ideias.  O clipe em realidade aumentada funciona como um mixer de áudio”, define a agência.

O clipe demorou quase um ano para ficar pronto e surgiu do 3bits Lab, um espaço onde os criativos da agência desenvolvem ideias diferenciadas que são inspiradas por uma paixão.

Fica a dica para quem é fã de Nirvana. Para você que já tinha esgotado todas as possíveis homenagens ao histórico álbum, pode explorá-lo de uma forma (ainda mais) criativa. Afinal, mito que é mito não comemora 20 anos pós morte, mas 20 anos de um eterno renascimento.


domingo, 18 de setembro de 2011

Capas de CD estranhas: o que está por trás dessas imagens?

No último texto falamos sobre a psicologia do rock e o poder de influência das músicas sobre a respostas nas emoções humanas. E as capas de CD? O que será que os artistas querem representar quando escolhem imagens estranhas, subjetivas e abstratas? Será que tem a ver com a música ou com alguma inquietação interior deles? Ou será que é só uma "viagem" artística?

Abaixo, uma lista de álbuns que trazem imagens um tanto quanto inusitadas e algumas possíveis análises feitas no ano de lançamento desses álbuns:

Incesticide é uma compilação da banda Nirvana, lançado em 1992. Contém raridades e b-sides que foram gravadas entre os anos de 1988 e 1991. O álbum foi lançado também para satisfazer a ânsia de material novo do Nirvana, depois do lançamento de Nevermind (já que o próximo álbum - In Utero - demoraria a sair). A capa é uma pintura de Kurt Cobain. O patinho (de borracha) da contracapa também pertence ao cantor. Algumas cópias estrangeiras do álbum contêm um escrito de Kurt Cobain (uma espécie de texto para divulgação), no qual conta sobre a satisfação de se poder obter músicas difíceis de uma banda que se gosta, dando como exemplo sua própria busca pelo 1º álbum da banda Raincoats. Cobain ainda desabafa sobre sua então situação em relação ao sucesso, entre outras coisas.

Diary of a Madman é o segundo álbum de estúdio a solo do cantor inglês Ozzy Osbourne. Embora seja estranha, a capa desse álbum não traz nenhuma novidade ou "bizarrice" (em se tratando de Osbourne). Nessa época, o cantor era bastante conhecido por sua imagem diabólica. Portanto, nada mais comum do que uma capa estranha. 

Sticky Fingers é o nono álbum de estúdio dos Rolling Stones. A obra de arte para Sticky Fingers, que possui um zíper que se abre para revelar um homem em cuecas de algodão foi concebida pelo artista pop americano Andy Warhol, fotografada por Billy Name e projetada por John Pasche. A capa, uma foto da virilha do modelo Joe Dallesandro vestindo uma de calça jeans apertada, escondendo um pênis supostamente ereto, foi assumida por muitos fãs como sendo uma imagem de Mick Jagger, porém as pessoas realmente envolvidas no momento da sessão de fotos revelaram que vários homens diferentes foram fotografados (Jagger não estava entre eles) e nunca revelaram qual foi usada. Entre os candidatos, Jed Johnson, amante de Warhol, negou-se a lançar sua imagem (ele morreu em 1996, a bordo do voo 800 da TWA), embora seu irmão gêmeo Jay tenha sido uma possibilidade.

Portrait of an American Family é o álbum de estreia do cantor de metal industrial Marilyn Manson, lançado em 1994 e tem Trent Reznor como co-produtor.
Na capa deste trabalho há uma foto de uma paródia a uma família americana feita de massinha. No encarte do disco há fotos da banda, letras das canções e vários dizeres para assustar crianças e chocar as pessoas. Seus singles eram as faixas "Get Your Gunn","Dope Hat" e "Lunchbox" (a canção mais conhecida, fala dos problemas do artista quando criança na escola). Já neste trabalho Manson foi censurado, por causa das letras e de fotos no encarte como uma do artista ainda criança nu segurando uma arma, mas não desistiu e depois lançou Smells Like Children.

Gostou? Semana que vem tem mais! Tem sugestão de capa de cd bizarra? Envia pra gente no @damorteaomito! 

domingo, 11 de setembro de 2011

A psicologia do rock

Qual é o poder de alucinação do rock?


Leia mais no texto a seguir, retirado desse artigo.

Compositores contemporâneos da música rock admitem que suas criações tem um enorme poder. Por exemplo, Frank Zappa escreveu na revista "Life": "As condições de influência da música sobre os sentimentos humanos, são inúmeras e impalpáveis ... os sons barulhentos e a luz brilhante e intermitente, são um meio poderoso de doutrinação."


Slash, o guitarrista líder do grupo "Guns N’ Roses" diz: "Eu percebi, que isto é uma coisa muito séria: a minha música direciona a vida das pessoas, que eu nem conheço ... De fato, é terrível, que eu tenho este enorme poder."


Hal Ziegler, um dos primeiros difusores da música rock, disse ainda nos anos 50: "Eu percebi, que esta música penetra na juventude porque o seu ritmo coincide com os ritmos do organismo deles ... Eles a carregarão no seu organismo para o resto de suas vidas."


Os pais não devem ignorar a enorme influência da música rock sobre seus filhos. É na juventude que se forma todo o sistema de valores do homem. Os psicólogos especialistas em influência da música sobre o homem, já alertaram muito, sobre o perigo da música rock.


O psicólogo John Kappas percebeu, que as pessoas "são muito receptíveis a tudo que foi dito numa canção. E quando os sentidos estão saturados, a música pode evocar no ouvinte agitação ou melancolia. Toda vez que o consciente de uma pessoa fica superlotado, ela passa a aceitar tudo o que lhe foi imputado naquele tempo, porque ela perde a autodefesa. As pessoas podem sair de um concerto, em um estado extremamente sugestionável. A música pode enfraquecer o pensamento e criar bom ou mau humor. Neste estado, as impressões externas são facilmente assimiladas."


A influência de algumas formas de rock-n-roll é tão séria, que em muitos estados dos EUA as leis exigem, que as capas de CD’s e vídeos incluam uma avaliação competente de seu conteúdo. Mais de 19 outros estados estão seriamente discutindo um projeto de lei, que exigirá uma advertência aos consumidores. As sociedades como: National Parent Teacher’s Association, the American Academy of Pediatrics e a US Surgeon General, mostraram-se particularmente preocupadas, com a influência negativa de algumas canções contemporâneas.


E você, sabe mensurar o poder alucinatório do rock na sua vida?

No próximo texto, o Da Morte ao Mito irá analisar algumas capas de discos. Tem sugestões de capas inusitadas? Envie pra gente no @damorteaomito. 

domingo, 4 de setembro de 2011

O Pearl Jam é o Alive do grunge

"Grunge is dead" estampava Kurt Cobain, um dos líderes do movimento, em sua camisa. O estilo ficou tipicamente conhecido por ter nascido e morrido na década de 1990 pelo fato de não ter surgido outros grandes nomes e por seus líderes terem morrido ainda muito jovens, como Cobain (frontman do Nirvana) Layne (Alice in Chains), dentre outros.

Entretanto, no ano em que o álbum que tornou o grunge conhecido mundialmente (Nevermind - não por um acaso, do Nirvana) completa 20 anos, o Pearl Jam de Eddie Vedder prova que não é só de memórias e de "mitos" que sobrevive o estilo.

 O Pearl Jam, banda que está em melhor forma entre os remanescentes de Seattle (com formação quase idêntica desde o início), fará turnê por Rio de Janeiro, São Paulo (dois shows), Curitiba e Porto Alegre. Ten, disco de estreia do Pearl Jam, também completa 20 anos em 2011. Marco do grunge, embalou a geração 1990 com os hits Even flow, Alive, Black e Jeremy.

Pela sua carreira, o Pearl Jam tem promovido amplas causas sociais e políticas, desde sentimentos de pró-escolha até oposição à presidência de George W. Bush. Vedder age como o porta-voz da banda nessas situações. O grupo já promoveu um conjunto de causas, incluindo a conscientização sobre a doença de Crohn — doença esta que afeta o guitarrista Mike McCready —, o monopólio da Ticketmaster, além da proteção ao meio-ambiente e à vida selvagem, dentre outras. O guitarrista Stone Gossard tem sido ativo em diversas causas relacionadas ao meio-ambiente, atuando como defensor da política da banda em relação à neutralidade do carbono, compensando o impacto ambiental da banda: em 2010 a banda anunciou que iria atenuar as emissões de carbono da sua turnê de 2009 em suporte ao álbum Backspacer através de uma doação de 210 mil dólares para a plantação de árvores na área de Puget Sound, em Washington.Vedder tem defendido, por anos, a liberação dos três garotos de West Memphis; Damien Echols, um dos três, compartilha um crédito pela letra de "Army Reserve", de Pearl Jam. Tá bom ou quer mais?

A música que ganhou o mundo nos anos 90 desmembrou-se em projetos sociais e continua ativa em shows. Com tantos anos de estrada, a banda consolida-se como a mantedora do estilo grunge, lança cds, faz turnês e ouso dizer até, que está fazendo remanescer o estilo grunge pelo mundo afora.

O canal VH1 realizou uma reportagem sobre o Pearl Jam e o grunge. Vejam:



Com ingressos quase se esgotando na maioria das bilheterias do Brasil, Eddie Vedder e sua turma provam que a música continua viva e que o estilo dado como morto está longe de acabar.

Pauta sugerida pelo leitor Wellington Lua e o colaborador oficial do Da Morte ao Mito, Rafael Oliveira.