quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Da Morte ao Mito recomenda: Metal - A Headbanger's Journey

Quarta-feira é dia de indicar uma bibliogrfia sobre o estilo da semana no Da Morte ao Mito. E dessa vez, a indicação é um documentário feroz, que tem tudo a ver com heavy metal. Muitos já devem ter assistido a Metal: Uma Jornada pelo Mundo do Heavy Metal (Metal - A Headbanger's Journey), lançado no Brasil em 2007.

O documentário foi produzido em 2005 pelo antropólogo Sam Dunn, que analisa esse que é considerado por muitos como um dos estilos mais underground do rock. Dunn explica as origens e características do estilo e conversa com personalidades como Bruce Dickinson (Iron Maiden), Lemmy Kilminster (Motörhead), Dee Snider (Twisted Sister), Alice Cooper, e membros do Rage Against the Machine, Korn, Black Sabbath, Slipknot e outros.

De acordo com Dunn, o objetivo do filme é explicar por que o heavy metal, um gênero de rock conhecido por seus refrões pesados de guitarra e suas letras polêmicas, é desancado pelos críticos, enquanto seus milhões de fãs em todo o mundo são estereotipados como sendo violentos ou satânicos.

Dunn, um ruivo cabeludo e magro, é o narrador do filme e também seu personagem principal - algo que, num primeiro momento, ele viu com desconfiança, mas depois constatou que se enquadra na prática antropológica comum de observar as culturas por meio da participação.

  O filme também explora a obsessão do heavy metal com a violência e a religião. Ele procura derrubar estereótipos que, segundo os diretores, já levaram à proibição de álbuns de heavy metal e a ações judiciais que acusam bandas como Slayer e Judas Priest de levar seus fãs a cometer suicídio ou assassinatos.

A maioria dos músicos e fãs entrevistados no filme nega que o gênero advogue o satanismo ou a violência, dizendo que esses temas fazem parte de uma encenação.Mas em uma das partes mais dramáticas do filme, Dunn viaja à Noruega para estudar a ligação entre um subgênero do heavy metal conhecido como black metal norueguês e uma série de incêndios criminosos de igrejas cometidos no início dos anos 1990.

Enfim, o espectador vai ver além dessa polêmica, várias outras que fazem do mundo dos metaleiros um dos estilos mais estereotipados do rock. O grande diferencial é ver como os próprios músicos se posicionam em relação à isso, numa pesquisa participativa que tem de tudo para agradar os fãs da música pesada e os curiosos que pretendem desmistificar o mundo do metal.

Leia também: "Meu Rock, meu estilo: Heavy Metal", o gênero da semana no Da Morte ao Mito.

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