quarta-feira, 2 de março de 2011

Mulheres no rock: o toque feminino no barulho musical

No próximo dia 8/03 é comemorado o Dia Internacional da Mulher. O Da Morte ao Mito, é claro, não poderia deixar de prestar uma homenagem aos mitos femininos que mostraram a cara, venceram preconceitos e conquistaram mais um importante espaço na sociedade. A música é a grande prova dessa manifestação que até hoje só tende a reforçar o ideal de que elas podem e fazem bem o barulho do rock.
Uma das primeiras a quebrar os tabus foi Janis Joplin em sua frenética carreira solo, no final da década de 60. Mas isso era só o começo. Logo em seguida, o mundo reconheceu Suzi Quatro, das musas Joan Jett e Lita Ford, que lideravam o The Runaways e do Blondie, comandado pela carismática Debbie Harry.

Algum tempo depois surgiu o The Bangles, que fez história com álbum “All Over the Place”, em 1984 e, junto com as meninas do Go Go’s, foram eleitas os maiores nomes do chamado Pop / New Wave. Outro destaque dos anos 80 foi o Vixen, o maior representante feminino do Hard Rock.

Quem também marcou época foi a alemã Doro Pesch. Primeiro com o Warlock e depois simplesmente como Doro, gravando ótimos álbuns durante os anos 90. E foi também nos anos 90 que o mundo conheceu as californianas do L7. Praticando um Heavy Metal sem maiores cerimônias, o grupo emplacou vários hits nas rádios e na MTV, chegando a se apresentar em terras brasileiras em 1993, no festival Hollywood Rock.

Ainda nos anos 90, destaque especial para as meninas do Kittie, banda de Nu Metal canadense de London Formada em 1996, elas atingiram o sucesso em 1999, quando a faixa "Brackish" tornou-se um hit único. A banda também apoiou, durante o início da década de 2000, o Slipknot em turnê pelo Reino Unido, abrindo-lhes vários concertos aumentando a popularidade da banda.

Algumas mulheres ainda ganharam destaque tocando algum instrumento em bandas formadas exclusivamente por homens, como as baixistas Sean Yseult e D’Arcy Wretzky, do White Zombie e Smashing Pumpkins, ou atuando como ‘front woman’, como Gwen Stefani e Shirley Manson, do No Doubt e Garbage, respectivamente.

Não podemos esquecer que são as mulheres que lideram a maior parte dos grupos Doom / Gothic. Entre as representantes do estilo, destacam-se Vibeke Stene (Tristania), Liv Kristine Espenæs (Theatre of a Tragedy) e Tarja Turunen (ex-Nightwish).

No Brasil, o destaque fica para  pioneira Rita Lee, o ícone Cássia Eller e as veteranas Paula Toller (Kid Abelha), Fernanda Takai (Pato Fu).

E então, ainda é preciso mais algum argumento para homenageá-las no dia 8 de março?
Por isso, mais do que o dia delas, finalizo com a convicção que o cenário do rock também foi construído por elas!

6 comentários:

  1. Vale lembrar também da vocalista Nansi Nevins, que cantava na banda Sweetwater no final da década de 1960 e ficou marcada por ser a primeira banda a tocar no Woodstock. É uma história interessante pois pouco tempo depois a mesma vocalista sofreu um acidente de carro e comprometeu suas cordas vocais. O tema virou filme: "Sweetwater: A True Rock Story" (Na estrada do Rock, em português). Vale a pena dar uma conferida!

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  2. Boa lembrança!
    Com certeza um marco para história das mulheres no rock. Essa merece até um post sobre o ídolo que se torna mito.
    =)

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  3. Primeiramente ótimo artigo, muito bem pesquisado.
    Eu como admirador das mulheres roqueiras, digo com absoluta convicção que as mulheres contribuiriam muito pra história do Rock'n'Roll e do Rock Pesado. E como o artigo foi muito bem escrito , vou acrescentar apenas uma curiosidade no parágrafo sobre Doom/Gothic, uma das primeiras bandas de rock do gênero, se não a primeira, chamava-se "Coven" de meados dos anos 60, tinha uma mulher como vocalista, Jinx Dawson, e eu digo pra vocês o som dela era bem sinistro pra dizer o mínimo.

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  4. E a Courtney Love,mesmo sendo tão controversa.

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  5. e quanto ao pitty? ela tmb merece seu lugar na construção do rock nacional!

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