domingo, 12 de fevereiro de 2012

Imprensa e rock: quanto mais velho, mais novidade

É notável como a imprensa faz do velho sempre novidade. Será que as bandas de hoje não são mais notícia? Ou o antigo é muito mais atraente e carrega consigo o caráter de exclusividade? A quebra do tradicional e dos paradigmas é o princípio básico do jornalismo de se caracterizar como notícia. 

Mas o que aconteceu para o que o novo seja apenas conteúdo de fofocas, de relacionamentos amorosos ou escândalos? Fazer música parece que é uma tarefa midiática para novas bandas, enquanto as antigas tentam se destacar pelas novidades que vão além de suas produções musicais. 

Aonde estão os músicos que querem fazer música pela qualidade e não pela visibilidade? Talvez seja esse um indício que nos diferencia da década de 1990, a última em que as bandas ganhavam notoriedade por serem autênticas. Hoje é tão comum ver músicos desvirtuando-se de seus objetivos para repetir o que "é comercial e vende"... Em contrapartida, é evidente que não dá para viver da música sem a visibilidade da imprensa. 

O fato é que continuamos a esperar pelo show dos "velhos"e queremos que eles cantem "as velhas" canções. Ir a um show de uma banda favorita sem ouvir os clássicos é quase inadmissível pelos fãs. Será que nos tornamos mais intolerantes? Ou a mídia que veicula visibilidade nos passou a ideia de "ter preguiça do que é novo?"

Fica a pergunta para reflexão.

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